
Após investir na biblioteca Nietzsche comecei a ler este livro antes que todos os outros, por pura curiosidade, pois não sabia que o autor tinha uma obra publicada com esse tema, tão pouco sabia que era contra tal “doutrina” espiritual, da qual Nietzsche se revela totalmente contra, o cristianismo, não apenas essa, porem essa é especial!
O titulo original do livro não é apenas”O anticristo” o titulo em alemão é “Der Antichrist – Flusch auf das Cristentum” ou traduzindo “O anticristo -(a) maldição sobre o cristianismo ” uma das possíveis traduções.
Nietzsche não deixou uma só palavra oculta em relação ao cristianismo, da qual afirma e prova todo o envolvimento da religião no contesto psicológico e histórico (a parte que ela não conseguiu ocultar), pois na época do cristianismo quem não era cristão não “durava” muito. Foram feitas inúmeras guerras em nome de um deus, providas pelos papas da época, homens estes que tão pouco sabem o valor da vida, mas estão dentro de seus castelos altos com dupla proteção ou até tripla, a do povo a do Estado, e de deus, esse ultimo, segundo Nietzsche, criado apenas uma imagem reciclada de uma história mal contada por homens, simples homens, que de tão fanáticos fecharam seus olhos para as coisas reais da vida... O cristianismo busca criar a ilusão e a confusão na mente das pessoas, a fim de se protegerem e buscarem a vida eterna, sim a vida eterna! E me permitam a palavra, queiram se tornar estrelas, e por que não pop-stars do mundo ocidental. Com talvez a maior mentira já criada na face da terra, a que mais vingou (no sentido figurado e não!), matou, condenou e perseguiu todos aqueles homens sábios cheios de vocações para a ciência, a pesquisa pela vida, sem esse temor ao “deus” cristão, do qual muitos tinham medo e foram obrigados a se converterem, esses sim por necessidade vitalícia, de toda a sua família e seu povo, esse é um dos motivos de guerras vencidas pelos cristãos, criar e propagar sua idéia e criar (fazer!) seus “irmãos” e fieis segundo a vontade do padre... ou do papa... opa... perdão, deus... é claro.
Apenas uma mera ilusão criada pela igreja na época da qual pessoas foram massacradas assim como foram massacradas e perseguidos os judeus na era de Hitler, perseguições e mortes aos extremos. O preço pelo que o “povo” paga para a igreja limpar sua história mal contada, que em suma, é muito mais caro que os dízimos feitos a mesma “instituição”. Alias, Nietzsche comenta o envolvimento dos judeus nessa historinha!
A igreja não aceitava ou aceita qualquer tipo de verdade a não ser a sua, ou seja ela era ciumenta, mandona, pessimista de forma a não pensar no progresso a secar a “engrenagem” na cabeça das pessoas, e por que não dizer “secar os olhos” da qual apenas ela tem o colírio, “á venda”. Afim de apenas a repetição, não a evolução das coisas, para apenas se manter no poder, tudo é como seu deus criou, por que ele quis e por pura bondade, sem explicação ou resposta palpável de entendimento. ”Bendito é aquele que acredita sem testemunhar”(ou coisa parecida), esse é um dos pregos presos nos pés das pessoas, que lhes atrasam o pensamento lógico e passam para o pensamento mágico. Condenam, causam dores e sofrimentos, pois desprezam totalmente a inteligência, a ciência e a realidade do mundo, tudo é vontade de deus... E nada e nenhuma hipótese aceita se não essa, mesmo que seja provada, se tal hipótese veio por meio do conhecimento foi por que deus quis assim, o que não faz o menor sentido. Agora ela está se adaptando, já “aceita” a ciência, reza para a criação de novos remédios, pois antigamente dizer que a terra era redonda era questão de morte, qualquer questão darwiniana é uma questão de morte, tudo apenas para se moldar ao estilo de vida moderna, se a moda é vestir jeans ela veste jeans... ouve aquele tempo em que TV era coisa do demônio (não que não seja) mais a história mudou e ela se adaptou, hj quem diria o papa tem seu próprio canal no Youtube, afinal não é tão ruim assim, e é uma excelente propaganda... vestiu jeans...
Uma das passagens da qual Nietzsche frisa é a do inicio da bíblia: deus criou o mundo a vida e também o homem, do qual fez um experimento: colocou-o num lugarejo arredondado e gigantesco e deu a este homem o “livre arbítrio” porem este animal não tinha uma companheira, assim como os outros tinham. Então deus deu a esse também uma companheira, esta mais tarde seria a ruína de deus, pois, mais tarde induziria o homem a comer o fruto da arvore proibida (a arvore do conhecimento), do qual poderia pensar e criar seus próprios métodos de vida, sem o julgamento de deus e estar subjugado a ele, e deste modo deus “deu um tiro no próprio pé” pois criou um ser do qual poderia equivaler-se dele, poderia disputar com este (mais tarde), então abandonou os dois seres do qual tinha criado, pois não poderia jamais destruir uma criação sua... então estes seres ficaram ilhados neste mundo do qual eles próprios chamaram de Terra... do qual até hoje fazem do mundo o seu mundo. Então entra a questão darwiniana... será que foi bem assim? É não ver pra crer (esse será bendito ou ?????)?
Eu não sei por que, mas as vezes muitos seres humanos tem medo de dizer ou vergonha de dizer, que, vieram do macaco ou do “lodo”. Certa vez escutei um comentário em uma conversa, na qual sou fã porem não gosto de estar no meio dela, pois geralmente não da muito certo, “Então você veio do macaco? Eu vim de deus!” Bendita seja esta criatura!!! Mas, se tudo está provado, em matéria de física química ou seja lá a questão, por que negar uma coisa como a evolução. O problema é que há uma barreira mágica contra a evolução aqui, este “estão brincando de deus por aí” é uma enorme barreira psicológica, assim como robôs e cyber ciências estes mais aceitos (pois geram conforto, e segundo o as idéias cristãs , são de criação do homem) do que as ciências biológicas que criam ovelhas (da qual é apenas o inicio para curar doenças e “refazer o homem”), ou talvez isso não esteja nos planos escritos no livrão? Ou seja talvez um meio de tirar as “ovelhas” do rebanho e conduzidas para a “ovelholandia” onde não existem lobos maus e a realidade é plena, vive-se bem sem os medos impostos ao nosso ser, para aqueles que neste rebanho sentiram a náusea, sentiram a realidade “chamar” de algum modo, talvez tenham pego um caminho no qual os conduz ao caminho mais correto e nesta história toda a simples rebanhada de ovelhas podem se tornar homens(ser humano / valido para mulheres também, outro ponto do qual o cristianismo faz questão de esquecer).
Alias antes de concluir, já estou lendo um outro livro da coleção, que logo postarei aqui, neste livro (Schopenhauer Educador), Nietzsche cita em uma parte deste livro uma idéia da qual um homem se ilumina com o conhecimento, a educação, a filosofia infinita que flui deste ser. Todos nós podemos sentir isso (alguns mais outros menos ), aquelas pessoas que tem presença, a que todos olham, desejam até tocar, conversar e ter ao lado, mesmo que para expor suas idéias, pois seu julgamento é muito importante para a pessoa, a qual tem a verdadeira alma ou aura do conhecimento, elevada e é rodeada por ela. Com certeza essa pessoa não é alguém com pouca instrução, sabe o que faz, tem uma vida “boa” ou feliz, é sincero com os outros, e justo consigo mesmo é ligado ao ser nível 7 do post “Níveis da humanidade” ou próximo disso, esta é a meta, essa é a elevação, é com isso que Nietzsche se preocupa, estou dando este exemplo, porem palavras não são nada, como disse no meu post anterior, “Sidarta” que atingiu o “nível 7” com determinação, viu a maior das doutrinas bem a sua frente, porem não era aquele seu caminho. Pois por mais que o livrão tenha palavras que nos façam refletir sobre a vida e ás vezes nos de tapas na cara, por que fizemos algo errado “pecamos” ou outro motivo, não é a verdade absoluta, ensina, mais não transmite a emoção de quem as escreveu, por isso volto a dizer, são apenas palavras e nada mais. É como descrever as cores a um cego... Ele pode ficar maravilhado, iludido, confuso, receptivo, atencioso, mais é a verdade, esta cegueira tem cura!
Conclusão, não sou o anti-cristo... sinto muito, se você leu até aqui pensando que sou, perdeu tempo; ou não, depende de você e mais ninguém. Alias tão pouco Nietzsche era, para os cristãos e crentes, sim! Porem este homem apesar de ter escrito um livro sobre este tema há 100 anos (o que acho surpreendente) ele mesmo se preocupa muito com o lado espiritual do ser humano, o conhecimento, e eu também. As idéias bateram, a linguagem foi a mesma, por isso me apeguei tanto ao texto, por horas e horas, fiquei instigado. Esse livro não gera o rancor em quem o lê, é apenas o outro lado da moeda da qual os outros não querem ver; a realidade dói, mas é melhor sentir a dor do remédio sobre a ferida, do que ela pode potencialmente se transformar.